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Quem está em primeiro lugar? Ser empático significa necessariamente ceder?

  • Foto do escritor: Mirella Mariani
    Mirella Mariani
  • 6 de fev. de 2023
  • 3 min de leitura

Atualizado: 14 de fev. de 2023


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Existem muitas pessoas com enorme capacidade de aconselhar, acolher e entender aos parceiros, amigos, funcionários e familiares. Por outro lado, é enorme o estrago, quando alguém em sofrimento, em formação ou inseguro, se depara com opiniões tendenciosas, manipulação ou inexperiência e acaba fazendo sua tomada de decisão mediada por este tipo de influenciador.


Será que você deveria se expor, em algumas ocasiões, correndo o risco de ouvir algo de alguém, que nem sempre pode contribuir com seu crescimento pessoal?


Por este motivo você precisa discernir quando um bate papo será o suficiente, ou se ter pela frente, alguém que saiba exatamente como lidar com você e com o que estiver ocorrendo, será fundamental.


O importante é que em qualquer situação é sempre importante que seu interlocutor saiba exatamente a diferença entre o motivo da sua procura, quais são suas intenções, conheça a sua história de reforçamento, entenda o seu repertório base e seja capaz de antecipar quais serão as consequências ao final daquela mediação.


Nossa responsabilidade, nesta aproximação, está em escolher da forma correta, sendo que para isso, é necessário que saibamos a principal diferença entre três termos muito utilizados pelo senso comum, e que tem conduzido às relações humanas de maneira muito presente.


Motivação, Empatia e Compaixão, pois quando temos propriedade do que querem dizer, sabemos escolher quem será a pessoa mais acertada para nos auxiliar em cada ocasião.


Em primeiro lugar, vale a pena ressaltar que muitos profissionais de diversas áreas e até mesmo leigos, se apropriaram dos termos, em seu dia a dia e os utilizam, sem que carreguem a experiência e a especialidade necessárias para seu uso, menos ainda medindo as consequências de suas implicações.


Vamos pensar juntos nas maiores e mais comuns confusões...

Quantas vezes você já ouviu alguma espécie de Guru, Coach ou Influencer sugerir que precisa melhorar a sua motivação para ter melhores resultados? Vou dar um exemplo: alguém dizer que ao deixar de comer por uma semana carboidratos, você irá perder peso e reprogramar seu cérebro, sentindo-se mais motivado para usar uma determinada roupa.


Veja a tremenda confusão!

A motivação é uma variável interveniente, ou seja, em um determinado comportamento uma operação motivacional tem um reforçador correspondente ou remoção de estímulo aversivo correspondente. Assim, um comportamento motivado tem como característica o emprego de energia considerável na direção de um objetivo de meta, e sofre influência de uma infinidade de diferentes manipulações.


Seguindo nesta linha, a confusão fica maior ainda quando incluímos a Empatia no pacote. Já nos parece claro, que a Motivação está ligada ao plano cognitivo, ativando processos cerebrais específicos. Porém a confusão continua, visto que Empatia acabou sendo colocada no mesmo pacote, quando parte da turma acima citada, coloca no início de suas frases de encorajamento, o seguinte: “Seja empático, pense no outro e conquiste o que deseja!” Ou seja, nos encorajar a pensar com mais precisão e eficácia é o contrário de "ser emocional”.


A Empatia é a capacidade que temos de considerar e respeitar os sentimentos das pessoas, de nos colocarmos em seu lugar, ou vivenciar o que as outras pessoas experienciam, em determinada situação, com seu próprio o referencial e nunca com o nosso. Ou seja, a empatia precisa de uma percepção de natureza emocional com consequências que de modo geral o farão ceder.


Ao ceder, vem a terceira e pior das confusões. Ao pensarmos em aspectos emocionais e como entender a necessidade do outro a


Compaixão, confunde-se ainda mais, além da Empatia com aspectos religiosos (piedade). Para a psicologia positiva ela é um sentimento que emerge quando observamos o sofrimento das outras pessoas e temos o desejo de aliviá-lo, ou seja, ela é uma espécie de "motivação" (não uma emoção) que orienta nosso comportamento.


Assim, pense comigo. Quando você está em uma conversa informal, nenhum de seus amigos irá circular entre estes conceitos, identificando o que irá desencadear as melhores e piores respostas. Mesmo porque essa não é a função deles. Por outro lado, ao saber que existem aspectos cognitivos, emocionais ou ambos, que podem fazê-lo: ter ganhos pessoais, esquivar-se ou solucionar problemas de maneira mais assertiva, você poderá ser protagonista de suas escolhas e promover escolhas melhores para quem estiver próximo a você.


O importante é sempre respeitar seu limite! Não se cuO importante é sempre respeitar seu limite! Não se culpe, não se submeta e não deixe de viver o que pode realmente proporcionar ganhos pessoais. O senso comum muitas vezes é atrativo, mas é comum.


Você certamente é especial, principalmente para você mesmo!

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Psicóloga Mirella Martins de Castro Mariani

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©2023 por Psicóloga Mirella Martins de Castro Mariani 

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